domingo, 22 de novembro de 2009

Operario

Operário

Estou trabalhando como operário.
Oh vida dura de se fazer.
Mas è um trabalho nobre.
Ajudo essa gente a comer.
Os meus rimados são simples.
Quem sabe algum dia vão ler.
Espero que ao chegar esse tempo.
Operário ainda possa comer.
Porque não è fácil viver.
Posso ouvir corações chorar.
Corações imigrantes e corajosos.
Sem nada mais a perder.
Não são coitados e pobres.
São filhos da pos modernidade.
Que vivem de um lado a outro.
Na guerra das vaidades.
Vida de imigrante è assim.
O conforto sai caro mais vem.
Nos trópicos fui Doutor.
Mas não podia ir muito alem.

Vai e vem imigrante.

Olho pra esse mar e percebo a beleza, a realeza!
Mas elas não são minhas!
Eu quebro a harmonia.
Dou voz à hipocrisia
Mas vivo ao modo meu!

Em terra de imigrante nada è verdadeiramente da gente.
E o que você acha que te pertence,
Um leva pra longe, pra bem distante.
O que eles querem mesmo è nos jogar pra fora.
Da mesma forma que o mar descarta os corpos mortos.

Mas eles mesmos foram alem do mar.
Chegar na terra de onde eu vim.
Onde o mar è só meu.
Aqui não era assim como è,
Tinha fome, miséria e guerra.

Eu acho que chegou a hora do mar de La devolver seus mortos,
O problema è que eu bebi daquela água.
Agora ele também è meu.
Meus híbridos me fazer ser cidadão de dois mundos.
Nos dois mundos sou meio deslocado.
Não cabe beleza nem realeza, só sutilezas.
A Negra do Onibus

Vi uma negra no onibus.
Que linda! Que bela! Que cereja!
Jamais pus meus olhos em uma beleza assim, desconcertante!
Amarelas e morrons eram suas estampas.
Criando uma harmonia perfeita.
Nao tive coragem de fotografar tal sincronia.
Quantas paisagens.
Tantos mundos.
Imesidao.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Roteiro para se requerer o direito de cidadania Italiana a descendentes de imigantes Italianos.

Roteiro para reconhecimento da Cidadania Italiana aos descendentes imigrados.

Este é um pequeno roteiro para que procura reconhecer o status de citadino Italiano Juri Sanguinis. Quero ressaltar que o processo de reconhecimento sofre constantes variações de uma Comune (Prefeitura) a outra.
Eu cheguei em solo italiano depois de uma longa jornada de busca de documentos que vou descrever abaixo. Descreverei a situação de um bisneto de italianos. Precisei dos seguintes documentos, devidamente traduzidos pela Jaqueline Zanovello Affonso, com firma dos cartórios de Registro reconhecida no 27° Cartório de Notas de São Paulo. E tudo devidamente retificado pelo Consolato Generale di Itália em São Paulo. Localiza-se a três quadras do Metro do MASP, na Avenida Paulista.
1° Certidão de Nascimento do italiano. Original do Comune de origem. NO site da minha amiga Lea Beraldo, www.imigrantesitalianos.com.br, você encontra uma serie de informações. Antes de 1871 os registros estariam nas igrejas e cúrias.
2° Certidão de Casamento do Bisavô italiano. Original caso o matrimonio ocorreu na Itália.)
3° Certidão de Óbito do italiano.
4° Certidão de Nascimento do avô brasileiro
5 ° Certidão de Casamento do avô brasileiro
6° Certidão de Óbito do avô brasileiro. ( Se for o caso)
7° Certidão de Nascimento do Pai ou mãe. (Filhos e filhas nascidas após 01/01/1948 Possuem o direito de reconhecimento da cidadania italiana independente do ano de nascimento da mãe italiana ou filha de um italiano.)
8° Certidão de Casamento do pai ou mãe. (Caso sejam separados, apresentar averbação do divorcio, já vi casos em que a Comune pediu ao descendente um documento feito pelo juiz da cidade de nascimento, que provasse o seu nascimento ante da separação dos pais.)
9° Certidão de Óbito do pai ou mãe (se for o caso)
10° Certidão de Nascimento sua
11° Certidão de Casamento sua (se for o caso). No caso de separação portar o divorcio traduzido, retificado e autenticado, caso contrario você será um cidadão casado aqui na Itália.
12° Certidão de Óbito no caso de viúves.
13° Certidão de Nascimento dos filhos menores caso possua. O direito de cidadania deles será reconhecido juntamente com a dos pais.

Bem, depois que eu juntei toda a documentação necessária, entrei em contato com amigos que viviam na Itália e eles me alugaram uma casa juntamente com uma família de mulçumanos que vivem aqui. Tive uma passagem tranqüila pela Policia de Imigração na dogana italiana e tomei um trem de Milão até Prato (Toscana), onde fui morar.
1° Na manha seguinte fui até a Questura (Policia Militar) solicitar um Permesso di Goggiorno pra Turismo, que já não existe mais.
2° Depois, de posse da Permissão para Turismo, fui até a Comune (prefeitura), solicitar o meu registro como residente na cidade de Prato. Depois de uma semana eu passei a constar como residente na Comune di Prato, para isso o Vigile Municipale teve que ir na minha casa verificar se de fato eu morava la.
3° De posse dos documentos descritos acima, fui ate a Comune e procurei a responsável pelo Registro Civile de Prato, a senhora Lucia Bitti. Apresentei-lhe os documentos, a residência e ela me pediu uma semana de prazo para analisar tudo.
4° Depois de 15 dias ela chamou no meu celular e me pediu para comprar uma Marca da Bollo (Selo de Imposto) no valor de 14.62 euro, ele serve para fazer o pedido de reconhecimento do estado de cidadão italiano ao Sindaco (Prefeito) da cidade. Depois de tudo feito ela me mandou ir pra casa e esperar a resposta de uma carta que seria enviada ao Consulado Italiano de São Paulo para saber se eu e meus descendentes aviamos renunciada a cidadania italiana. O resultado será negativo.
Uns 20 dias depois ela me chama novamente à Comune para dizer que a resposta da Carta de Non Rinuncia já estava no Ufficio Civile e que eu poderia passar la para assinar o Processo Final que me reconhecia Cittadino Italiano per Iuri Sanguinis.

Transcrevo o básico da Pratica:
_______________________Timbres do Município_________________________________

Egrégio Signor
Da Costa Paulo Andrè
Via:XXXVIII, 57 – int.3
CAP: 00000 – Prato . IT

OGGETTO: Da Mata Costa Paulo Andrè
Nato a VOTUPORANGA/SP il 9.10.1979
Riconoscimento dellamCittadinanza Italiana “Jure Sanguinis”
Transcrizione atto nascita con cambiamento di cognome.

Si comunica che a seguitto della Sua istanza presentata in data 16.11.2007, il Sindaco del Comune di Prato, visti glin accertamenti disposti e la documentazione acquisita d’ufficio, ha riconosciuto la fondatezza della Sua pretesa di vedersi attributa iure sanguinis la cittadinanza italiana ed ha disposto la transcrizione degli atti di stato civile che a Lei si refirescono.
A seguito della transcrizione del Suo atto di nascita nei registri del nostro Comune ha cambiato cognome assumendo, quale figlio legittimo, in base alla legge italiana, il solo cognome paterno “Da Costa”
Le sue esatte generalità sono ora, pertanto:

Cognome: Da Costa
Nome: Paulo Andrè
Data di Nascita: 9.10.1979
Luogo di Nascita: VOTUPORANGA/SP/BRA
Latto di nascita è stato transcritto al n.XX XXXXX XX XXXX X – Ano XXXX.

L’Ufficiale dello Stato Civile.

Il Sindaco

Vista l’instanza presentata in data XX/XX/XXXX Da Mata Costa Paulo Andrè, nato a Votuporanga/SP/BRA il 9.10.1979, residente in questo comune (nel indrizzo sopra) intesa ad ottenere il riconoscimento dello status civitatis italiano;
Vista la Legge 5 febbraio 1982, n.91;
Vista la Circolare del Ministero dell’Interno n. K.28.I del 08.04.1991;
Vista la documentazione prodotta dall’interessato o acquisita d’ufficio;
Accertatom che l’ascendente italiano a suo tempo emigrato dall’Italia non acquistò la cittadinanza dello Stato Estero di emigrazione e che i discendenti non rinunciarono mai alla cittadinanza italiana;
RICONOSCE la fondatezza della pretesa avanzata dall’instante a vedersi atribuita IURE SANGUINIS la cittadinanza italiana:
Dispone la trascrizione degli atti di stato civile relativi al soggetto riconosciuto cittadino italiano e il rilascio dell’apposita certificacione di cittadinanza.
________________________________________________________________________________

Hoje em dia, aqui na Comune di Jesolo, onde resido já tem quase três anos, o processo, está mais facilitado. Quando você entra na Fronteira eles te fazem um carimbo no passaporte chamado de Visto de Schengem.(Penso que è assim que se grafa) Depois você tem sete dias úteis para ir ao Comune de Residência com toda a documentação descrita no começo do texto e solicitar sua Inscrição Anagrafica no Cadastro de Residentes da Città Di Jesolo. Você vai precisar:
1° De uma pessoa que te de residência.
2° De todas as folhas do seu passaporte xerocadas, com o Visto de Schengem.
3° De toda a sua documentação obedecendo as regras descritas acima.
Eles vão registrar seu pedido e você vai pra casa esperar o Vigile Minicipale passar para conferir sua residência.
4° Depois disso você vai esperar uns 3 dias e vai ate o Protocolo do Comune protocolar seu pedido de Reconhecimento de Cidadania de posse de uma Marca da Bollo de 14.62 euro.
5° Agora você terá que esperar por uns 60 dias mais ou menos para que a Comune mande uma carta para seu consulado de origem no Brasil e esse mande a resposta do Non Rinuncia.
Nesse ponto o Ufficiale do Registro Civile vai entrar em contato para você ir ao Comune buscar o final do Processo. Parabéns, você já è cidadão italiano.
Caso você queira o processo de reconhecimento da cidadania para trabalhar e viver legalmente na Europa, saiba que só poderá trabalhar legalmente após o reconhecimento de seu estado de cidadão italiano, antes disso dificilmente alguém te empregara. Aproveite para estudar a Língua Italiana.
Te aconselho a portar contigo uns 7.000 euro e levar uma vida modesta enquanto espera pelo reconhecimento da pratica.
Uma boa sorte.

Filosofia de boteco europeu

17/04/2009.
Nada como o passar dos dias para o inatingível cair no campo da banalidade. Exatamente por isso que eu gosto de uma mesa de bar. Existe um provérbio popular que diz: “__Não existe nada de novo debaixo do sol.” Essa è uma sabedoria que merece reflexão. Eu me acabei por causa de um amor mal resolvido, passei noites perambulando pelas ruas e engrossando o bolso dos donos de cafés por Veneza adentro.
Aprendi que encher a cara só vai te portar uma dor de cabeça dos diabos no dia seguinte. Descobri que problemas passam com o tempo, que o álcool leva seu apreciador a uma gastrite feia. Isso quando não lhe presenteia uma cirrose pelo excesso. Mas sei que toda essa estrada foi necessária para me ensinar que o sol e o erro dos seres humanos são sempre os mesmos. Depois disso eu relaxei e vi que não fui o primeiro nem serei o último dos mortais a amar e sofrer por essa peste avassaladora, amarga e maravilhosamente destrutiva chamada dor de cotovelo.
Aquela cara por quem eu quase me matei não era tudo aquilo. Revivi um momento de adolescente, minha mente se comportou como um garotinho de quatorze anos. Depois de muito sofrer eu respirei fundo, arrumei um meio de sobrevivência novo como via de fuga e encarei. Deu certo, arrumei uma grana mais ou menos, esqueci quem não queria ir embora de minhas lembranças e ainda, aprendi uma porção de coisas novas com a situação e com os colegas de profissão.
Como foi insuportável encarar aquilo tudo. A gente do lugar me olhava como se eu fosse um extraterrestre. Eu ria da cara de merda deles, quem mandou não arrumarem mais filhos, agora têm que me suportar como cozinheiro. Sou latino mesmo, ítalo-brasileiro folgado, estabanado e com cara de quem chegou pra ficar e aprender. Nunca desrespeitei ninguém, a não serem os caras da Liga Norte, esses não merecem nada mesmo, são neonazistas disfarçados e não fazem jus ao nome de italianos. Que pena para a Itália, terra de muitos amigos e de gente que trabalha duro. Mas sempre tem lá meia dúzia de infelizes pra zuarem com a macarronada. Viram assunto de botequim.
Sabe; penso que o frio tira a excitação das pessoas. Isso mesmo, os europeus não gostam de sexo, de casamento e de filhos. Transam tarde, casam velhos e os filhos já não podem ser mais fabricados porque as mulheres estão com prazo de validade vencido. Menos a galera que conheço, parece que os mais quentes sempre são amigos de brazucas.
Descobri que esse comportamento leva os italianos a fumar uma tonelada de tabaco por ano. Brasileiro fuma, tenho que reconhecer, mas não è nada em vista do que fuma um italiano. Também são estressados, sem educação, mal humorados e, alguns deles, racistas. Levando em conta essas qualidades e as já citadas nos parágrafos anteriores, posso traçar um tratado para explicar esse comportamento; amargura! E os sul-americanos é que são afamados de aborígenes.
Em uma noite, enquanto comia meu Club Sandwich com coca-cola, observei tudo isso, então, peguei os guardanapos da mesa e comecei a escrever. Dessa forma nasce a maioria dos meus testos e das minhas poesias, porque o melhor da vida nasce dos improvisos, já que nada è novo debaixo do sol, vamos improvisar, na pior das hipóteses vai dar certo. O mais terrível sentimento è a dor de cotovelo, se ela passou o resto è lucro.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Meus poemas.

Essas bobagens è o resultado de minhas boemias, de minhas andanças por essas terras italianas.

Filosofia do Boêmio.

Pra rabiscar sentimentos a vida deve estar a mil.
Não adianta tentar traços desnecessários se o existir è pacato.
As mazelas, os excessos, o extraordinário faz o canto dos corações.
Não importa se o sangue verte pelos poros.
Se a alma chora.
Nada!

Sentimento nasce de forma espontânea e fica ali.
Cresce ou diminui bem longe de regras sociais ou etiquetas.
Quem pode revelar os segredos de um copo de Uísque?
Não interessa as conseqüências.
Quem tem coragem quer descobrir.
Provar!

Ah! Mas a vida não pode desanimar.
Ela recomeça das migalhas de amor que è de outro.
Da boca vermelha que já beijou o outro.
Dos porres presenciais e catastróficos.
Dos grandes fragrantes.
Amores!



Fora de sentido

Eu juro e esconjuro de dar um basta no amor.
Essa dor que não respeita ninguém.
O intruso chega sorrateiro e faz um estrago.
Quieto, calado, penetrante, intrigante.
Vai lá no fundo, provoca uma terrível dor.
Eu apunhalo meu peito, como numa suplica desesperada.
Sem remorsos, sem rancor, sem nada

Eu não entendo meu fracasso, eu escrevo meu escracho,
Uma traição a mim mesmo, rabisco enquanto junto meus cacos.
Sim! Esse sentimento me estraçalhou, me quebrou, me fez pedaços.
Mas sou forte, vou destruir quem me fez morrer um pouco.
Não è ódio, não è frustração, não è nada.
É um peso que incomoda não me deixa voar.
Já perdeu a intensidade, não è mais amor de outrora.

Quando uma pessoa quer a outra e já não pode, perde a graça.
O colorido vira preto e branco cai bem uma cachaça.
Mas uma bem forte pra lavar a alma, pra tirar à rítmica e a métrica da vida.
Pra desconstruir a poesia, destruir o tradicional e reinventar.
Eu prometo me defender de mim mesmo.
Mas vou virar a página.
Vou sepultar o que restou amor.
Me recriar!


Já faz tantos meses.


Já faz tantos meses.
Lembro-me dos seus olhos.
Daquela voz macia, fria, ia.
Lá no centro do meu entendimento ela esta a perturbar-me.
O perfume da tua pele, o desenho dos teus movimentos, o teu toque.
A minha mão na sua, os corações, a vida ia.
E eu não percebia.
Saber que você se foi pra sempre è a perda maior desse mundo.
Você foi tão importante pra mim.
Com os tijolos que me ajudou a juntar criei meu castelo.
Mas a forma com que você se foi desmoronou a metade dele.
Não tenho o direito de julgar o que è justo.
Mas sua falta deixa um vazio enorme.
Meu muro tem brechas, devo tapá-las urgentemente.
Antes que os tesouros que guardei sejam saqueados.
Com o que restou vou construir um museu.
Eu sei que em algum lugar desse imenso cosmo você esta bem.
Sou certo que um dia nos veremos, nosso amor è puro.
Eu já não posso ouvir tua voz
Não posso sentir teu toque, teu cheiro, teus conselhos.
Não tenho tuas mãos, nossos lhos nessa terra jamais se cruzarão.
Mas do meu coração ninguém pode tirar você.
Eu sentirei saudades por muitos outros meses.
Mas sei que nossos pensamentos estão seguros.
Eu te amarei por toda vida.
Teus olhos não vão se fechar.
Ainda que a extinção tente.
Eu os vejo.


Incertezas

O que posso fazer se o medo de te perder me faz perder eu mesmo dentro de mim.
Esse sentimento me perturba me atemoriza, me judia.
Mas me da um prazer enorme!
O mundo não faz sentido sem você por perto!
Será por isso que você se vai?
Dia após dia me deixas um pouco e eu me despeço de você.
Esse teu ser moleca levada me faz perder a noção, me faz rasgar os diplomas e me faz menino.
E o perigo, ah! Ele esta dentro dos teus olhos quando me faz lembrar o oceano!
Você me faz perder o fôlego, tira meu ar...meu juízo.
Mas eu estou te perdendo e me perdendo também.
O que fazer com suas ironias de menina levada?
Porque devo sentir tanta raiva pelas minhas fraquezas?
E você sabe exatamente como me provocar, como ter espinhos.
Ah! Você sabe me fazer ganhar a via Láctea sem, sair do chão.
Que poder hipnótico estão escondidos nessas curvas lindas e perigosas,
será que è pecado te querer bem, te desejar tanto, querer tua purezas só para mim.
Claro que seus defeitos te deixam com um charme encantador.
Eu te amei com todas as forças que pude, foi tão bom.
Amei ver você com raiva e saber que tua voz e teus olhos mudavam de curso.
Amei ver o medo de se entregar no fundo dos teus olhos.
Como foi bom ver tua alma bagunçada e com medo de viver esse amor.
Foi mágico ver você com raiva de mim e de você porque não queria me querer.
Mas era só isso que queria. Se eu não te incomodava, você reclamava.
Queria-me.


Olhos.

Mais um tempo se acabou.
Não sei se ele foi exatamente do modo que planejei.
Mas o monte de coisas boas que esse período me deixou foi coisa pra poucos experimentar.
E que raiva deu de mim mesmo!
Quando me vi eternamente enfeitiçado por aqueles olhos verdes que não quiseram me enxergar.
Bem feito, quem mandou não ficar na minha.
Não existia o direito de querer mais que uma aventura.
Mas eu vivi. Vivi! Ah!!! Você pode imaginar o quanto.
Vomitei tudo de ruim e curti cada momento.
Cada toque de nossos corpos, de nossas mãos, a cumplicidade, o arrepio na pele... tudo!!!
Valeu a pena, amar aquele verde profundo foi fácil demais.
Mas o ciclo acabou,
o amor virou passado,
o olho se fechou.

Pedacinho de Poema

Não sei ao certo quando parar.
Me preocupar com o começo também não serve.
Parece que estou no meio,
Não!
Estou vizinho do fim.
Estou fechando um ciclo
Morri.

Pequeno poema.

O que eu espero da vida è uma dose a mais.
Espero tudo de bom que ela pode me dar.
O som do mar, a luz do sol, o verde das plantas e o azul do céu.
Quero todo o segredo escondido nas fontes.
Os raios mais fortes de luz.
Capazes de descongelar meu coração adormecido.
Quero refutar meus problemas e dançar.
Mergulhar no mar, me banhar de luz, apreciar o verde e descansar no céu.
As fontes me darão de beber os segredos escondidos.
Minha alma se iluminara.
Eu terei algo mais.
Que a vida me da.


Pra se apaixonar.


Pra se apaixonar você tem que estar de bem contigo mesmo.
Deve se olhar no espelho e ver um Narciso.
Não importa pra amar vale um mito
Você deve se recriar, se reinventar, renascer.
Se você for capaz de tudo isso passara a ver a pessoa amada.
Ela vira...bela, serena, encantadora.
Você ficara, pirado, enlouquecido, entorpecido.
Quando se der conta já fez todo, já disse tudo, quebrou a cara.
Não se preocupe não, as coisas se ajeitam.
Pra se apaixonar você tem que se doar a você mesmo.
De rever a alimentação e fazer de seu corpo uma escultura.
Malhe, soe, transpire.
De o seu melhor para a vida que ela se entregara a você.
Essa força mágica te ensinara a amar, a se apaixonar.
Ame a natureza e seus encantos, os sons, as cores, os sabores.
Assim sua alma gêmea será atraída até você.
Não existira vergonha quando se apaixonar.
Você enfrentara o mundo, tenha certeza!
Sempre foi assim.
Mas não se esqueça.
Você tem que se amar primeiro.
Senão a paixão não vem.
O amor nao chega.


Separação


Como foi insuportável a dor de te perder!
Era assim grande que me dilacerava os músculos.
Penso que foi esse mal enorme que me rasgou em trapos o coração.
Eu te chamava alto esperando uma resposta.
Mesmo sabendo que isso era impossível, você já não estava.
Haviam-me dito que essa dor era verdadeiramente destrutiva, mas eu não podia raciocinar a dimensão... as dimensões!
Provei o cálice amargo de te ver ser engolida pelo tempo e a razão.
Ainda vive a profundidade do teu olhar, da tua vontade de não me deixar andar.
A tua bagunça.
Posso sentir o macio dos teus cabelos.
Por entre os vãos dos meus dedos eu vi você escoar, escapar, andar, acabar.
A eternidade se firmou por um instante entre nos dois. Você, como sempre...divina.
Alínea, ilhada, oculta.
Terra mágica dos meus oceanos internos.
Por isso eu rasguei os mapas e atirei nas águas a bussola.
A doçura dos teus olhos ainda me bagunça, me ofusca e me faz segar os horizontes.
Ha...como eu gostava do teu desarrumado, da desordem que você me provocava!
Como me faz falta.
Ainda dói muito, os desencantos dos teus encantos, nossas tardes de verão.
Eu sei exatamente o que è tremer ao escutar tua voz.
Também não tive assunto, motivo, razão, não tive nada, só queria te escutar.
Você provocou a desordem dos meus mundos, tirou minhas verdades, me deu suas mentiras.
Ainda è presente os teus aromas.
Mas a tua pele esta longe, longe, longe.
Onde a bruma se forma.
Na terra mágica.
Onde não posso chegar.
Isso acabou.


Sem nome.

Gosto de brincar com as palavras.
Me da prazer vê-las pular de La pra Ca, de Ca pra La.
Contando-me segredos, revelando-me verdades.
Inventando-me sonhos.
Mas são só palavras,
Desunidas, separadas, divididas.
Elas não sabem o poder que possuem quando estão juntas.
O poder de desmantelar um império è delas.
Revelar um grande amor e missão delas.
Elas também contam grandes traições.
São elas capazes de surpreendentes revelações.
Palavras imortalizam emoções.
Escancaram os corações humanos.
Palavras, palavrões, palavrinhas.
Historias inhas, ias.
Conto todas essas letrinhas
Eu faço a poesia.
Daqui pra li.
De La pra Ca.
De ca pra la.
Assim.

Cerveja.

Quanto é vazio a espuma da cerveja!
Não vale a pena a ressaca do dia seguinte.
Como é vago o coração de um bêbado.
Não vale a risada dos seus espectadores.
Mas essa gente precisa da água dourada.
Impossível transformar em palavras a dor de uma mãe sem filho.
Não posso nem mesmo descrever a frustração de um filho sem pai.
Da mulher cabisbaixa sem o marido não queria nem registrar.
Mas no final de semana a espuma branca encanta.
O liquido amarelo inebria.
Tudo acontece.

Um sonho a mais

Sonho um sonho a mais,
Procuro ir além dos meus espectros e viver.
Travar as minhas guerras e me projetar cada minuto.
Minhas miragens de paz e ver o bem vencer o mal.
Os meus entardeceres são doces presenças.
E até do mais profundo silencio descubro sons.
Meus paradigmas são quebrados.
As fronteiras sempre estendidas.
Vale a pena um sonho a mais.
Ainda que seja rápido.

Guerra dos Sexos.

Quero sobreviver aos meus conflitos!
Talvez tu tenhas razão em me dizer certas verdades.
As minhas certezas poderão ser removidas.
Não posso falar do que não vivi. Hereditariedades?
Mas ratifico que uma alma trovadora sabe sugar verdades não vividas.
Posso perceber muito mais que os seres humanos prosaicos.
Ver através dos olhos. Sofrimentos?
Espiar as janelas da alma me è comum.
O seu desgosto não me convenceu.
Tira-me do nada, mas me leva a lugar nenhum.
Sua vontade de reviver me arrebatou do chão. Verdades?
Como sou ingênuo diante dos sentimentos de uma vida.
Vejo tudo de alma limpa e isso me amedronta.
Os restos de amores que visito me traumatizam. Tormentos?
Mas perceber os olhos de Deus é sonhar a pureza do bem.
Isso me faz querer ir além, invadir um mundo estranho.
Eu procuro a razão que não vem de mim. Dilemas?
Teu amor de menina era um conto de fadas!
Um encontro mágico, imperfeito, mas teu!
Planos, sonhos, projetos que se foram.
Que direito eu tenho de invadir teu mundo encantado?
Ele não esta mais lá, como fumaça se desfez.
Restaram desencantos, frustração, mentiras.
Apesar dos momentos felizes e das juras de amor.
Palavras que não fazem sentido.
Lugares que já não são. Paradigmas?
Mas você saiu ferida de tudo isso.
Sonhou, voou alto, reviveu à sua tragédia pessoal.
Os céus te deixaram sonhar novamente.
Quando olho nos teus olhos.
Vejo sonhos bons de quem quer tudo novo.
Mas de quem tem muito medo dos seus interiores particulares.
Uma metade que fala de amor, outra que prega o mundo sombrio das desconfianças.
Já escreveram que o amor è possível quando se acredita nele.
Digo, porém, que é perigoso.
Talvez eu mudasse de idéia. Opulências?
Viraria a pagina e viveria o melhor dos meus dias.
Apesar de veres saqueados meus pontos de fé.
Apego-me aos meus conceitos.
Fizestes rever o que me afugenta.
Provocou em mim o pânico de um furacão.
Disse-me que a bondade entre um homem e uma mulher não existe.
Mas estavas completamente enganada.
Um homem jamais viveria com os fantasmas que uma mulher traz na alma.
Jamais poderia suportar suas desconfianças.
Suas síndromes traumáticas.
Loucuras?


Viver


Ponderar passados estrutura o presente.
Estratégias acertadas criam um amanha brilhante.
Entretanto, quantas amarguras revividas para essa sentença.
Existe um universo diante de mim.
Independente das emoções vividas.
As forças são pequenas diante dos espaços multiformes.
A vontade de superá-los impulsiona.
Ter que viver uma noite fria e escura è ruim.
Achar o equilíbrio entre uma manha de sol e uma tarde cinza è ainda pior.
As emoções fervilham enquanto a vida passa.
Isso não preocupa.
Momentos vividos servem de bagagem.
Os erros são tremendos professores.
Os acertos nada mais que deveres da consciência.
Os tramontares grandes conceitos.
Entretanto, o refletir ainda è o caminho mais aceitável.
No presente mora toda a certeza.
O momento seguinte pode ser seu ultimo momento de futuro.
Viver ainda vale à pena.
Sonhar ainda faz bem.
À alma.
Ao corpo
À mente.
Viva.


Explosão Fatal

A importância dada a um sentimento è sinal.
O primeiro de que vai começar uma guerra.
Você contra você mesmo.
Não! Você contra o mundo.
Contra as regras impostas!
Versus a hipocrisia.
O contraste,
O embate,
O Desastre!
Uma explosão que sai dos olhos.
Um sangue transparente que corre a face.
Some na terra seca sem levantar pó.
Mas no coração já fez um estrago.
E fatal. Esta começando a pior guerra.
A guerra dos Cupidos.

Confabulação.

Eu sou apenas criador de fabulas.
Um tolo que vê mais cor no azul do céu.
O tipo que rabisca sentimentos,
Fala de sentimentos desencontrados.
Acredita num ponto de vista.
Vê a terra patética dos homens.
Tudo è concretistas.
Isso è poesia?